sábado, 22 de setembro de 2012

Eduardo Sá reiventa os direitos da criança


1. As crianças têm direito a brincar todos os dias.
Na escola, entre as aulas e ao longo delas (sempre que o professor for capaz de pôr brincar a rimar com aprender). Em casa e ao ar livre – no quarto como num parque – sob o olhar, discreto, dos seus pais. Brincar só ao fim de semana não é brincar: é pôr uma agenda no lugar do coração.

2. As crianças têm direito a exigir o brincar como o principal de todos as deveres.

As crianças têm o direito a defender a primazia do brincar sobre todas as tarefas. A fórmula: «primeiro, fazes os deveres e, depois, brincas», tão do agrado dos pais, é proibida! Só depois do brincar vem o trabalho.

3. As crianças têm direito a unir brincar com aprender.


Brincar é o “aparelho digestivo” do pensamento. Liga a imaginação com tudo o que se aprende. Quem não brinca imita, repete, fábula, falseia ou finge. Mas zanga-se, sem redenção, com o aprender!

4. As crianças têm direito a não saber brincar.


Brincar é uma sabedoria que nunca se detém: inventa-se, descobre-se, deslinda-se, desvenda-se. Brincar é confiar: no desconhecido, no que se brinca, com quem se brinca. Crianças sossegadinhas são brinquedos à espera dos pais para brincar.

5. As crianças têm direito a descobrir que os melhores brinquedos são os pais.


Apesar disso, têm direito a requisitar tudo o que entendam para brincar. Têm direito a brincar com as almofadas, com caixas de cartão, com os dedos, e com tudo mais que entendam, por mais que sejam não sejam objectos convencionados para brincar. Tudo aquilo que não serve para brincar não presta para descobrir e com brinquedos de mãos brinca-se de menos.

6. As crianças têm o direito a desarrumar todos os brinquedos...


(e a arrumá-los, de seguida, com um toque… pessoal). Têm direito a desmanchar os que forem mais misteriosos, mais rezingões ou, até, os divertidos. Quando brincam, têm direito a ter a vista na ponta dos dedos, a cheirar, a sentir, a falar, a rir ou a chorar. Não há, por isso, brinquedos maus! A não ser aqueles que servem para afastar as pessoas com quem se pode brincar.

7. As crianças têm direito a brincar para sempre.


A Infância nunca morre: apenas adormece. E quem, crescimento fora, se desencontra do brincar, não perceberá, jamais, que não há crianças se não houver brincar.


Eduardo Sá



{retirado daqui}

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Regresso às aulas - Os 7 hábitos mais Irritantes das crianças


1. Não responderem quando os chamam
Foi o Hábito Irritante mais votado, o que prova que as mães andam mesmo a sofrer com isto. E não é para menos. “Ó Pedro, apanha o teu casaco do chão. Pedro apanha o teu casaco do chão. Pedro já te disse dez vezes que apanhasses o casaco do chão….” “Parece que a sua criança desenvolveu um caso de surdez seletiva”, comenta Elizabeth Bangley, “treinadora de pais” e autora de 8 livros sobre educação infantil, no livro ‘The Dictionary of 1000 Parenting Tips’ (Dicionário das 100 ideias sobre educação’). “Parece que tem algodão nos ouvidos, mas se lhe sussurrar ‘vamos comer gelado’, é espantoso como fica logo curado!’
Como resolver: Em primeiro lugar, prevenção: toque-lhe no braço, olhe-o nos olhos e diga ‘quando chamo, quero que venhas’, sugere Elizabeth. “Não lhe grite à distância de três salas ‘vamos lá embora!’” Faça um pedido curto e grosso: à hora de deitar, se fizer um discurso de dez minutos sobre a importância do sono, não espere que ele fique imensamente sensibilizado e se ponha imediatamente de pé. “Pedro, cama” basta. E acima de tudo, se não quer repetir a mesma coisa dez vezes… não a diga dez vezes. Se ele souber que lhe vai pedir a mesma coisa dez vezes e o pior que lhe vai acontecer a ele é ouvir a sua voz, não se admire que o ar de aluado continue. Habitue-o a ouvir à primeira, fazendo saber que há consequências. Ele não ouve à segunda? Aplique-as imediatamente. Pode dar trabalho à primeira vez, mas à segunda pode crer que já fez o milagre de lhe curar a surdez. E não se esqueça de elogiar quando ele começar a responder à primeira…

2. Atirarem-se para o chão do hipermercado
Quem pensa que a birra típica estava fora de moda, enganou-se: voltou em força, tal como os anos 80, e alcançou logo o nº2 da tabela. Aqui todos os pediatras e psicólogos são unânimes: não lhe dê o que ele quer. Claro que a teoria também a sabemos, mas aqueles uivos são o resultado de milhares de anos de evolução especialmente pensada para fazer em marmelada o coração de qualquer pai ou mãe, e é muito difícil não ser atingida pelos estilhaços da ‘bomba’.
Como resolver: Em primeiro lugar, o que não fazer: não encetar conversações com o Inimigo, porque, como qualquer general lhe dirá, nenhum Inimigo a meio da guerra  está em estado de dialogar. Não dar bofetada a Inimigo nem dizer “vês os outros meninos a chorar?”: só fará Inimigo chorar mais alto. Se puder, leve-o (com calma) para um canto onde passe menos gente (o dos artigos para animais costuma fazer sucesso, é sossegado e tem coisas com guizos). Se não puder, tente distrair Inimigo: se a guerra não for de mísseis, qualquer coisa funciona, até as chaves. Se tiver à mão, dê bolacha ou água a Inimigo. Se Inimigo já não estiver em estado de ser distraído nem alimentado, deixe-o espernear até se cansar. Não se envergonhe: já toda a gente fez uma birra na vida e os outros pais vão estar solidários. Enquanto espera, pode rever a lista de compras. Rezar ao deus das Trovoadas. Ligar à sua melhor amiga. Contemplar foto do Inimigo em estado normal para se lembrar como era. Quando o Inimigo acalmar, faça como se nada se tivesse passado. Não ralhe, não pregue sermões, não explique, e ande para a frente. Se for caso disso, arrume o corredor e pague os estragos.

3. Dizer que não gostam quando nunca provaram
A medalha de bronze vai para outro clássico, desta vez um clássico alimentar: mal olharam para as ervilhas e já estão a torcer-se todos. Um famoso pediatra e psicanalista inglês, Donald Winiccott, fez um dia esta experiência: colocou à frente de um bebé um objeto brilhante e chamativo. O bebé fez o que todos os bebés fazem: observou aquilo durante algum tempo, e depois meteu-o na boca. Em seguida, Winiccott pediu à mãe do bebé que lhe pusesse o objeto na boca sem o deixar observar primeiro: o bebé recusou-o imediatamente. Conclusão: as crianças têm de desejar primeiro.
Como resolver: Nem fale nisso. Se disser “Tens de comer cenouras, que fazem muito bem aos olhos” só vai causar mais stresse. Vá apresentando alimentos novos sem comentários, de preferência na refeição em que ele tem mais fome. Não stresse se ele não comer logo os brócolos à primeira, não obrigue a comer e não faça comentários sobre o nariz torcido: continue a pô-los na mesa e no prato. “Muitas vezes são fases passageiras em que as crianças nos estão a desafiar, e ganham normalmente, pois vamos dando outras coisas que elas querem”, nota o pediatra Luís Pinheiro. O ideal é manter a calma. Não a encha de bolachas e leite, e não a distraia a ler-lhe as aventuras do Noddy: “Termine a refeição não dando mais nada, e volte a tentar a mesma comida nas refeições seguintes”. Claro que, se disser ‘ai que bem que os espinafres fazem aos ossos’ mas depois a família inteira se atirar à pizza, ele vai concluir que de facto as palavras não se adequam à realidade. Daqui a 20 anos pode ter um filósofo na família, mas será um filósofo muito pouco dado ao mundo dos vegetais.

4. Não largarem a playstation
Outro clássico, ex-aequo com ‘não largam o telemóvel’. O pior é que é um clássico que nos dá jeito: tê-los quietinhos, sentadinhos e em sítio conhecido é o sonho de qualquer pai ou mãe desde a pré-história. Depois queixamo-nos que eles são uns cromos da playstation, ou preocupamo-nos porque podem andar a ser aliciados por membros da Liga Pedófila Belga no Facebook. Ninguém entende os pais…
Como resolver: Se ele já é pré-adolescente, mentalize-se: é normal que queira passar cada vez menos tempo com a mamã e o papá, mesmo que isto implique estar no quarto com o computador… “Para que esta tendência também não vá longe demais, não faz mal exigir-lhe que esteja presente em algumas refeições e atividades familiares”, explica a psicóloga Jean Walbridge, diretora do quase lendário sitewww.parentyouradolescent.com. “Se acha que ele passa demasiado tempo ao computador, estabeleçam juntos um limite, mas não estabeleça como alternativa que ele passe tempo com a família… Além do que já indicámos (tarefas caseiras, presença em algumas refeições, algumas atividades familiares) deixe-o fazer o que quiser com o tempo que não passa ao computador.” Claro que, se começar já desde pequenino a limitar o tempo internético (não mais que uma hora) depois será mais fácil. E ainda mais fácil se houver qualquer coisa divertida para fazer longe do computador…

5. Quererem vestir roupa inadequada
Estava mesmo à espera desta, não era? Claro que na palavra inadequada cabe um mundo de originalidades mais ou menos, enfim, originais: desde querem ir de manga curta e minissaia em pleno fevereiro até fazerem finca pé porque o seu sonho é aparecerem na escola vestidinhas de bailarinas dos pés à cabeça, até à maquilhagem que transforma uma rapariga absolutamente normal na mãe da Família Addams ou à t-shirt que já passou 15 dias no mesmo corpo, cabe tudo.
Como resolver: Segundo o pediatra francês Aldo Naouri (lembram-se dele?), na roupa das crianças mandam os pais, na roupa dos adolescentes mandam os adolescentes. Pronto. Agora façam o que quiserem, mas depois não digam que não avisámos… Enfim, o facto de os adolescentes mandarem na roupa deles não quer dizer que os pais não tenham o direito de dar a sua opinião, porque afinal estamos num país livre.

6. Imitar as nossas falhas
Ver uma cópia de nós com menos 7 palmos, de dedo espetado e sobrolho franzido, a ralhar num tom exatamente igual ao nosso: “Já-te-disse!” ou “Ai ai ai, não há pachorra para te aturar!” provoca-nos um misto de vontade de rir e vergonha. Ainda por cima porque sabemos que não há espelho mais fiel. Nós somos assim, afinal? Nós, que nos orgulhávamos de ser uma mãe perfeita, um modelo de virtudes, um exemplo de pedagogia? Nós, aquele dedo espetado, aquele tonzinho irritante? E assim de repente, além de nós, ela lembra-nos mais alguém… ahhhhhh! A nossa mãe!
Como resolver: Heeee…. Pois, aqui tem que resolver a coisa é consigo, não é…

7. Acharem que são o centro do mundo
Nenhum filho merece que a mãe viva para ele. “As mulheres mais infelizes são as que desistiram da sua felicidade e andam na vida como robôs, conseguindo levar a cabo um número inacreditável de tarefas, tanto em casa como no trabalho, sem disso retirarem grande alegria”, afirma Cathy Greenberg, autora de ‘O Segredo das Mães Felizes’ (Academia do Livro). Se reconhece o retrato, não é a única. Ainda vamos muito a tempo de fazer mais uma resolução de princípio do ano: ser uma mãe mais virada para si própria. Como dizia o Rui Zink, “os filhos precisam de pais egoístas”. E quando eles se tornam o centro absoluto do nosso mundo, é sinal de que o nosso mundo se tornou, de repente, demasiado pequeno… Além disso, nenhum filho aguenta esse peso às costas.
Como resolver: Mais uma vez, aqui o trabalho é nosso e não deles. Mas temos absolutamente de tirar algum tempo por dia para nós, e essa não pode ser a prioridade nº1472. Como, se o dia já está esticado ao máximo da sua resistência? Cada pessoa é que vê aquilo que é e não é imprescindível. Imagine que vai carregada com um peso que não pode suportar. O que é que pode deixar cair pelo caminho? O que é que pode deitar à água para o barco flutuar? A casa arrumada? A roupa engomada? E se puser as crianças a ajudar? Investigue. Encontre outra vida que não os filhos. E não deixe que lha tirem.


(Ler mais: http://activa.sapo.pt/criancas/criancas/2012/07/17/os-7-habitos-mais-irritantes-das-criancas#ixzz26ikXLPr2)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Regresso às aulas - Dificuldades escolares


O Porto foi alvo de um rastreio, com a finalidade de avaliar a presença de  dislexia em crianças e jovens em idade escolar. O estudo revelou a existência de uma elevadapercentagem de crianças com dificuldades escolares acentuadas.
Dos participantes, cerca de 80% apresentavam algum tipo de dificuldade escolar, desde problemas de leitura, a problemas na escrita, ou outras lacunas diretamente associadas ao insucesso escolar.
O estudo que resultou da ação de rastreio, contou com crianças dos sete aos 16 anos, e foi realizado através de inquéritos aos pais e às crianças e de uma avaliação técnica. No final, concluiu-se que, 44% dos inscritos no rastreio apresentavam sintomas de dislexia.
À partida, mais de metade dos pais que levaram os filhos ao rastreio de dislexia percecionavam já uma dificuldade escolar das crianças - 66% revelou preocupação relativamente a dificuldades de escrita dos filhos. Na maioria dos casos, esta perceção, por parte dos pais, teve início logo no primeiro ano de escolaridade. No entanto, apenas quatro crianças tinham sido retidas ao longo do percurso escolar e, no que respeita à procura de ajuda especializada, apenas os pais de seis crianças já tinham procurado apoio profissional. 
Dos testes criados especificamente para este rastreio, as técnicas conseguiram aferir que mais de metade das crianças - 16 - trocavam as letras enquanto liam e 18 apresentavam dificuldades de interpretação e compreensão das frases.
O estudo permitiu ainda verificar a existência de problemas emocionais na maioria das crianças rastreadas: de acordo com a perceção dos pais 79% dos filhos apresentavam perturbações durante o sono; em 55% dos casos os pais consideraram o filho como uma criança nervosa, que não consegue estar sossegada (43%) e 25% apresenta já sintomas físicos que podem estar associados ao insucesso escolar, como por exemplo, dores de cabeça sem explicação. De acordo com a psicopedagoga e especialista em insucesso escolar Maria Amélia Dias Martins, "estes são alguns dos sinais que nos indicam que estamos perante uma dificuldade escolar acentuada, que leva ao insucesso escolar repetido e que, se não tratada a tempo, pode acarretar problemas emocionais graves".
A ação de rastreio efetuada faz parte de um projeto-piloto, sendo que o próximo passo é a realização de mais ações de forma a sensibilizar o maior número possível de pais para a problemática das dificuldades escolares acentuadas e do insucesso escolar.


(Ler mais: http://activa.sapo.pt/criancas/criancas/2012/08/22/cerca-de-80-das-criancas-entre-os-7-e-os-16-anos-apresentam-dificuldades-escolares-acentuadas#ixzz26ik2wLBJ)

E tu? ACREDITAS?

A pedido da APCL a De Fio a Pavio criou uma EDIÇÃO ESPECIAL DE PULSEIRAS BELIEVE – COLECÇÃO VIDA – para assinalar o Dia Internacional de Sensibilização para a Leucemia Mielóide Crónica. 
APCL  quer chamar a atenção para este dia e convida todos a celebrar de forma especial a vida num evento aberto que decorrerá na tarde do dia 22 de Setembro no Centro Comercial Oeiras Parque.
Para além de um evento que promete muita animação, poderá escolher ao vivo e a cores a sua pulseira BELIEVE. 
Se não puder estar presente, mas quiser unir-se a esta causa, poderá fazer a encomenda da pulseira BELIEVE em http://apcl-believe.rhcloud.com/1-encomendar-pulseiras/celebra-a-vida-2/
O preço de cada pulseira é 5€ já com portes de correio incluídos para Portugal.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Regresso às aulas - 10 maneiras de criar uma criança confiante


1 - Seja confiante. Não tenha medo de o contrariar, se houver razões para isso. E não é preciso entrar na guerra. Não é não, e pronto. Tenha orgulho no seu papel de mãe. Um ‘não’ justificado nunca traumatizou ninguém. E uma criança confiante nasce acima de tudo de pais confiantes.

2 - Não critique. Não porque ‘traumatize’ mas porque é absolutamente inútil. Vemos por nós próprios. Se alguém nos diz: “És mesmo idiota”, pensamos: “Ele tem razão, a partir de hoje vou tentar ser melhor pessoa?” Claro que não. Pensamos: “Idiota és tu, ó palhaço.” As crianças nem sequer têm essa defesa. Para elas, que viveram ainda tão pouco para aprenderem que as coisas mudam, o presente é eterno. Pensam: “É verdade, sou mesmo idiota, não vale a pena tentar ser de outra maneira.”

3 - Um elogio nunca estragou ninguém, pelo contrário, e ainda temos imensa dificuldade em elogiar as crianças, porque achamos que vão ficar mimadas. Não vão. Mas não elogie constantemente, automaticamente, só porque acha que deve. Elogie quando se justificar, e explique porquê. Diga exactamente do que é que gostou: “Gostei muito que tivesses ajudado o João a vestir o casaco.”

4 - Ensine-os a ver o lado bom das coisas. Não se pode ganhar sempre e ter tudo o que se quer mas as coisas nem sempre são tão más como parecem. Conte-lhes a história do tio Alberto que começou com 1 a matemática e acabou engenheiro de foguetões na Nasa. Ou “Pois, a equipa hoje até levou uma cabazada de 6-0. Mas jogámos bem e para a próxima vai correr melhor e agora o que interessa é que há mousse de chocolate para o lanche”. Ensine-os também a ver o lado bom deles próprios. Ria com eles e divirta-se.

5 - Diga-lhe que gosta dela. Sim, claro que gosta, mas eles precisam de ouvir, como os namorados. Não os deixe cair num ciclo vicioso grave que começa assim: se uma criança sente que não gostam dela, acha que não é digna de ser ‘gostada’ e portanto, qual é a razão para gostar de alguém? Tendemos a achar que as crianças sabem que gostamos delas, afinal somos pais delas, mas nem sempre isto é assim tão líquido. Mostre-lhe que gosta dela, e diga-lhe porquê. Treine-a a pensar que é digna de ser amada.

6 - Não tome boas notas como um sinal de que tudo vai bem: estamos rodeadas de executivos de sucesso com o quociente de inteligência emocional de uma ervilha. Eduque as emoções da sua criança. Isto não quer dizer suprimir o medo, a fúria e a raiva. Todas elas são emoções úteis: o medo protege-nos, a fúria limpa, a raiva liberta. Mas ensine-os a perceber as razões por que agem da maneira que agem e o que podem fazer para canalizarem as emoções de outra maneira que não seja bater na irmã. Explique-lhes que têm de tratar os outros como gostariam de ser tratados. Não valorize apenas as boas notas: valorize acima de tudo o bom coração. Aviso: isto não se consegue num dia.

7 - Não se iluda com crianças demasiado ‘sossegadinhas’: Às vezes, crianças demasiado cordatas podem apenas estar inseguras do seu amor e de si próprias. Estas crianças não precisam de menos mimo, mas de mais. Não precisam que lhes digam: “és tão totó!” Não precisam que as empurrem para o meio da arena. Precisam de treinar a confiança em si próprias percebendo que são capazes: de subir à árvore, de ler o livro, de fazer uma birra e continuarem a ser amadas.

8 - Ajude-as a lidar com quem lhe chama nomes ou as chateia. Explique-lhe que os ‘insultadores’ não o fazem por ser verdade, mas porque estão chateados. Há vários truques: ignorar, cantar por cima, concordar, ir-se embora.

9 - Ensine-as a lidar com o medo: lembre-lhes alturas da vida delas em que conseguiram fazer qualquer coisa muito difícil, e que medo é uma emoção natural, que toda a gente tem.
10 - Ajude-as a desenvolverem os seus verdadeiros dons. Se ele não tem nenhum ouvido para a música, não o empurre para ser cantor. Por que não atleta, biólogo ou cozinheiro? Ter a noção das próprias capacidades poupa muitas desilusões e desgostos.


(Ler mais: http://activa.sapo.pt/criancas/criancas/2012/08/31/10-maneiras-de-criar-uma-crianca-confiante#ixzz26ijP47f8)

E tu? ACREDITAS em quê?

"O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre" Salmo 76.26




"Este é o versiculo-chave da minha vida! Ao longo da caminhada, em todos os momentos olho para trás e vejo exatamente nas fases mais dificeis Deus a carregar-me em seus braços, a proteger-me e a encher o meu coração de força para viver! Sinto que me tem ajudado a cicatrizar velhas feridas, daquelas fundas que marcam o nosso ser. Fez com que em vez de revolta pudesse nascer em mim sentimentos de compreensão e tolerância. Tenho descoberto que o coração humano é enganoso, fraco e falível.
Deus mostra o seu amor para conosco a partir do plano de salvação através de Jesus Cristo. Conforme vou aprendendo mais sobre a sua vida e exemplo, vejo o quão imperfeita sou. Ele inspira a minha vida para procurar ser melhor, não para ser superior a alguém mas para saber viver com o que tenho, aprendendo a aceitar as dificuldades numa outra perspectiva. Deus tem renovado a minha visão da existência humana e feito com que possa dar cada vez mais valor ao que tenho recebido. Sou grata porque num determinado tempo os meus olhos e ouvidos foram abertos para algo que nos transcende, que não podemos de facto palpar mas que se sente.
Falo com Deus, peço muitas coisas imateriais, agradeço muitas coisas que me tem dado, até já agradeci coisas que Ele não me deu e que mais tarde percebi que foi o melhor para mim! Posso falar tudo, posso não falar nada, Ele conhece tudo acerca de mim antes mesmo de eu saber, por isso a minha confiança e esperança estão firmes NAquele que não muda.
Há muitas coisas que não entendo e para as quais não tenho resposta mas sei o suficiente para saber que Deus, o Criador dos céus e da terra, importa-se comigo e contigo com um Amor sem igual!"

Jo - JoA-nices

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Regresso às aulas - A felicidade ensina-se?

Imagine que o seu filho lhe entrava em casa e anunciava: 'Mãe, acabo de chumbar a... felicidade!' Pois é o que pode acontecer em breve nas escolas inglesas. O projecto-piloto foi iniciativa de uma escola privada, o Wellington College, que começou a ministrar aos alunos noções de meditação, a ensiná-los a lidar com emoções negativas e até a como dar 'tampa' a um namorado sem o deixar de rastos. Mas todas as escolas inglesas estão a ser encorajadas a ensinar literacia emocional: ou seja, habituar crianças e jovens a falar sobre as suas emoções e a saber o que fazer com elas. O próprio governo explica que o pouco tempo que as famílias passam hoje em dia com os filhos leva a que eles já não recebam esses ensinamentos em casa. Resultado: cabe à escola, além da literacia 'clássica', passar-lhes também literacia emocional. Não faltaram vozes do contra afirmando que ler Shakespeare fazia mais pela inteligência emocional dos jovens do que as 'filosofias' que se pretende implantar. E o debate começou. 
Literacia... da emoção 
Mas, afinal, podemos ensinar alguém a ser feliz? 'Acho que sim', afirma a psicóloga Rita Xarepe. 'Agora, depende como, porque a ideia pode ser óptima e, depois, ser mal executada. Mas parece-me um projecto interessantíssimo.' Mas a função da escola não é ensinar Matemática e Línguas? 'A função da escola é, ou devia ser, ensinar-nos a conhecer-nos melhor e sermos mais felizes', defende Rita. 'Muitas vezes sobrevalorizamos as matérias intelectuais sem nos lembrarmos que, sem estar de bem consigo, ninguém aprende nada.' E a base da questão revelou-se precisamente essa: o lado afectivo e emocional afecta mais do que se pensa o aproveitamento escolar. 'Se os jovens tiverem a cabeça bem arrumada, mais facilmente adquirem outros conhecimentos.Enquanto não se aprendem a eles próprios não conseguem aprender nada, e muitas vezes por isso é que temos tanto insucesso escolar! Ora a escola só tem a ganhar se os ajudar a trabalhar estes 'nós' de cabeça.' 
O problema é que os adultos não estão a ensinar os filhos a lidar com as suas emoções. 'Esta é uma porta que muitas vezes não se abre porque os adultos não sabem acolher as suas fragilidades!' Qual é o pai capaz de chegar a casa e mostrar que está triste, que não teve um dia bom? 'Os adultos não são felizes e refugiam-se perguntando pelos trabalhos de casa... Não calcula a angústia em que os pais ficam à noite quando a criança não tem trabalhos de casa, porque já não sabem falar com eles de outras coisas que não a escola... Ora há tanto para conversar! Um pai não é um professor. Aceitem-se, aceitem os filhos como são e aprendam a divertir-se!'

(Ler mais: http://activa.sapo.pt/criancas/criancas/2007/03/01/a-felicidade-ensina-se#ixzz26iiVlYyy)

E tu? ACREDITAS em quê?

"Acredito que o sonho comanda a vida. 
Acredito que é seguindo o sonho que avançamos, pouco a pouco, um pé de cada vez. 
Eu sonhei, desejei muito, desde pequenina tornar-me um dia mamã. E foi seguindo o meu sonho que escrevi as linhas da minha história, que tracei o caminho e avancei, tropeçando em todas as pedras que apareceram. 
Ganhei feridas profundas pelo caminho, chorei, desanimei mas não desisti. Para mim, desistir seria nunca, desistir seria ignorar tudo aquilo que eu era, tudo aquilo que tinha sonhado.
E um dia, acordei a lutar ainda, triste e desanimada, e no entanto quando voltei à cama nesse mesmo dia, as esperanças estavam renovadas, a alegria, o entusiasmo e ... o medo. 

Muito medo.
Nesse dia tive o meu segundo positivo. 

Depois de tanta espera, a alegria do positivo e o medo da perda, que esteve cá sempre, até ao fim de 9 meses maravilhosos.
Foram 4 anos de tentativas, de frustrações, de pensar em mim como um saco infértil, um saco vazio, um saco incapaz de gerar vida. 

E depois o golpe da perda, quando depois de um primeiro positivo, e após poucas semanas me tiraram o chão. 
Perdi o meu bebé, aquele que esperava há tanto tampo. 
E foram precisos mais um par de anos para o meu sonho se tornar real, para estar ali na sala de partos, a enfermeira a segurar um pequeno ser, e eu a saber e a não acreditar (ainda!), que era real, que estávamos ali os três, eu, ele e ela. 
A minha filha chegou para me provar que vale a pena acreditar. 
É ela quem me dá forças todos os dias. É olhar para ela e saber que o que parece impossível, muitas vezes não o é. 
É olhar para ela e saber que se pode ser feliz."

Magada - Alma de mãe

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Regresso às aulas - Os 15 segredos dos bons alunos


1-- Sabem porque estudam
Ninguém se esforça sem um objectivo, e para a maioria das pessoas estudar é chato. Passada a novidade de já sabermos ler, que é excitante, a partir daí é sempre montanha abaixo. Mas dê-lhe um objectivo, para não viverem no vazio. Claro que para alguém com 13 anos, ser adulto e estudar para ganhar a vida e ser médico ou advogado ou electricista quer dizer muito pouco. Se lhes perguntar o que é que pensam fazer aos 18 anos, a resposta será provavelmente 'actor', ou 'jogador de futebol' ou 'corredor de 'tunning' mas de qualquer maneira, explique que mesmo para ser um bom corredor de tunning convém não ser ignorante.
2 - São organizados
Ser organizado nem sempre é ter tudo muito certinho e arrumadinho em pastas e sublinhadinho a azul-bebé e amarelo-limão: é saber que tipo de organização combina com a nossa cabeça. Há excelentes alunos aparentemente desorganizadíssimos. Mas geralmente, o maior problema quando se tem 12 ou 13 anos é incapacidade de programar as coisas: primeiro porque de facto nada daquilo lhes interessa muito, e o cérebro naturalmente se recusa a gastar muita energia com aquilo que não vê como essencial, e depois porque a maioria não tem hábitos de planeamento. Não complique ainda mais: faça um calendário grande de parede onde possam assentar os dias dos testes e habitue-os a estudar com antecedência para não aparecerem verdes de véspera a dizer: "Socorro, amanhã tenho teste de matemática!"
3 - Estabelecem uma rotina
O melhor é fazer os trabalhos assim que se chega a casa: está-se mais fresco e fica-se logo despachado. Mas verifique o que funciona melhor com ele: há crianças que preferem relaxar primeiro, ver um bocadinho de televisão ou jogar 15 minutos de computador antes de fazer os trabalhos. O melhor é fazê-los sempre à mesma hora, e sem a televisão ligada.
4 - Fazem resumos
Estudar não é ficar imenso tempo a olhar para o livro com os olhos em alvo à espera que o ponteiro do relógio decida mexer-se. Ensine a sublinhar as partes mais importantes, resumir por palavras dele, treinar a memória. Mostre como se usa um dicionário, como se pode usar a 'net' (se tiver) e quem pode ajudar se tiver uma dúvida.
5 - Não têm medo de falhar
Os bons alunos sabem que ter uma nota mais baixa de vez em quando é tão normal como tropeçar quando se vai a andar, e conseguem usá-la para perceber o que está mal: afinal, sabem usar um passado de boas notas para saber que vão ser capazes de conseguir.
6 - Não têm medo de se esforçar
Curiosamente, não ter medo de esse esforçar está ligado a não ter medo de falhar: para ter boas notas, temos mesmo que mergulhar na matéria. Estudar tem de dar trabalho, mas depois, ter uma boa nota é compensador: ensine-o a sentir-se orgulhoso do seu trabalho. Elogie sempre que ele tiver uma boa nota, não tome a coisa como a sua obrigação. Elogie também o esforço, quando houver, mesmo que ele não tenha chegado à positiva. De vez em quando, principalmente quando não é esperado, um presentinho também é bem-vindo e pode funcionar como um incentivo.
7 - Não deixam arrastar as dificuldades
Não o meta logo na explicação, principalmente quando eles já estão desmotivados. Mas há disciplinas onde, se a pessoa perde o pé, já não consegue andar para a frente. Por isso, convém estar atento e pedir ajuda logo que se levanta uma dificuldade que se pode resolver com uma ou duas explicações, para não deixar acumular. Mas cuidado com as muletas: 'andar na explicação' pode ser uma ajuda preciosa mas muitas vezes transforma-se numa muleta. Além disso, retira-lhe tempo precioso para fazer outras coisas.
8 - Conseguiram dar a volta ao estereótipo
Ser bom aluno, às vezes, é um estigma: graças à 'dor de cotovelo' nacional, ainda achamos que são marrões, chatos, e snobes. Se tiver a sorte de uma criança dotada, tente preservá-la da inveja e não deixe que os outros façam comentários destes, e sobretudo não deixe que ela pense isso de si própria. Como sabe quem já leu o 'Harry Potter', há muitas adolescentes que se acham feias e compensam sendo boas alunas: não descure a parte visual, tão importante para quem está a crescer. Vá com elas comprar roupa bonita (hoje já nem sequer é preciso que seja cara), incentive-as a praticar algum exercício de que gostem, e, se for preciso, leve-as ao nutricionista.
9 - Gostam de livros
Uma pessoa que lê bem é uma pessoa que pensa bem, porque tem as palavras com que o fazer. Por isso habitue-o a ler desde pequenino. E desde pequenino não é desde que aprende a ler, é desde consegue olhar para um livro. Isto não é o trabalho da escola, porque a escola não ensina a gostar de ler, ensina apenas a ler. Nada do que é obrigatório nos dá prazer. Se os livros forem apenas os livros da escola, ele nunca há-de aprender que bom que é descobrir o que os 'Cinco' fizeram ou seguir a vassoura do Harry Potter. Se lhe calhou na rifa um 'informático' mais dado aos jogos de consola do que às vassouras voadoras, tente aliciá-lo com livros sobre coisas que lhe interessem: animais, surf ou computadores. É melhor que ele leia qualquer coisa de que goste - mesmo que não seja Camões -, do que nada. Claro, muitas vezes, a dificuldade é que a nossa vida não está para o ritmo calmo dos livros, que parece pertencer a outro tempo. Os livros exigem-nos que paremos, que nos sentemos para pensar e para sonhar. Faça o possível para que o seu filho ainda seja capaz de 'respirar' dessa maneira.
10 - Conseguem sonhar
Ele quer ser baterista? Não deite imediatamente as mãos à cabeça a gritar "Ai meu querido filho nem penses, não me desgastei estes anos todos para dares em artista como o teu tio Jeremias, vais mas é ser vendedor de imobiliário como o teu padrinho." Há uma idade em que eles querem ser bateristas num mês, cientistas da NASA no seguinte, e acumularem com vulcanólogos e directores de fábricas de chocolate. Além disso, na adolescência querem todos ser actores: os adolescentes são naturalmente narcisistas, e ser actor corresponde ao sonho de terem uma audiência inteira a dar-lhes a atenção que eles querem. Por outro lado, a maioria vive fechada na escola ou em casa e não tem grande noção de como o mundo funciona e das profissões que pode de facto escolher. Não lhes corte imediatamente as asas: deixe-os sonhar, mas ao mesmo tempo vá deixando que eles tenham contacto com pessoas de várias áreas, para que tenham uma ideia real das hipóteses que podem escolher.
11 - Têm imaginação
O nosso mundo valoriza acima de tudo a capacidade de ganhar muito dinheiro rapidamente, mas não é isso (ou enfim... só isso...) que nos faz felizes. É uma mensagem difícil de contrariar, até porque também ninguém quer que as crianças passem fome quando crescerem, coitadinhas, mas é importante mostrar que isso não é o mais importante nesta vida. É fundamental desenvolver-lhes a imaginação e a capacidade de sonhar, é fundamental dar-lhes colo mesmo quando eles já não nos cabem no colo, porque é isso que nos faz felizes. E ninguém é um bom aluno se for infeliz.
12 - Conhecem-se a eles próprios
Ninguém é bom a tudo, toda a gente tem pontos mais fracos e mais fortes. Ensiná-lo a saber qual é o seu tipo de inteligência, quais são os seus talentos, e em que área é que será mais feliz, poupa muitas desilusões futuras. Qualquer pessoa gosta de cantar, mas nem toda a gente vai concorrer aos 'Ídolos'... Por outro lado, saber que é bom em alguma coisa ajuda a superar um fracasso, ajuda a fazer o raciocínio do tipo: "se eu sou suficientemente esperto para ter uma boa nota a História, com um bocadinho de trabalho também posso ter boa nota a matemática." Ensine-lhe que tudo é uma questão de esforço e de organização.
13 - Treinam o coração
Enfim, nem todos os bons alunos são boas pessoas, mas precisamente para que o cérebro não ocupe o lugar do coração é que é importante falar nisto. O coração é um músculo: também se treina. Infelizmente, a nossa maior preocupação é que eles sejam bons alunos, e nunca nos preocupa que sejam boas pessoas, desde que não andem por aí a bater a ninguém. Como sabem as mães que já experimentaram, ensinar a ser boa pessoa é um trabalho muito mais duro que ensinar matemática. Pôr-se no lugar dos outros exige imaginação, pensar nos outros exige auto-controle, e poucas crianças conseguem fazê-lo. Claro que não é treiná-los para Madre Teresa nem pregar-lhes moral, mas habituá-los suavemente a pensar nos outros: pode começar já com os irmãos. É muito mais difícil aprender a tratar bem os irmãos do que mandar brinquedos para os pobrezinhos da paróquia.
14 - Os pais entram na escola
Esteja presente nas reuniões, saiba o que se passa, conheça os professores. Muitas vezes, as crianças são completamente diferentes na escola e em casa, e é engraçado ver até que ponto temos um filho simpático e inteligente e se calhar nunca tínhamos dado por isso...
15 - Têm tempo mesmo livre
Tempo livre não é andar no futebol, no ballet, na natação, nos computador, no inglês... Isso pode dar prazer, mas tempo livre é tempo livre mesmo, e para se ter a cabeça suficientemente descansada para ser bem utilizada é preciso tempo para não pensar em nada. Além disso, a vida não é só a escola: ele tem de ter tempo para pensar, para namorar, para jogar jogos de consola, para ler livros idiotas, para ver a telenovela, para fazer asneiras, para passear o cão, para aprender ponto cruz, para aprender a cozinhar, para ir a casa da avó, para se aborrecer. É em casa que aprendemos a viver, não na escola.Aceite-o como ele é
Uma boa nota é 'boa' relativamente à criança a quem se aplica. Há quem seja espectacular a ciências e tenha mais dificuldade em juntar três palavras, e quem seja um poeta em potência e quando lhe apresentam uma equação, 'bloqueia', como os computadores... Chegar à positiva geralmente é sempre possível, mas tudo depende daquilo que aquela criança, esticada, consegue dar. Aliás, mesmo em termos de futuro, nem todos têm de ser médicos ou juristas, advogados ou gestores de empresas. Actualmente há imensas carreiras que se pode ter, e as mais produtivas nem são necessariamente as tradicionais.

(Ler mais: http://activa.sapo.pt/criancas/criancas/2012/09/13/15-segredos-dos-bons-alunos#ixzz26ihAJGOg)

E tu? ACREDITAS em quê?

"Para responder já à questão, EU ACREDITO EM MIM!
A vida não me tem sorrido muito e nem por isso eu deixo de lutar todos os dias e acreditar que consigo. 
ACREDITO EM MIM e nas minhas capacidades.
Desde muito nova, encaro a vida com coragem. 
O meu pai faleceu quando eu tinha 4 anos e a partir desse momento, passei só a contar comigo e com a minha mãe! 
GRANDE MULHER! 
Sei que para ela as coisas não eram fáceis. 
Ter de educar uma criança sozinha e trabalhar para que nada faltasse em casa! 
Nunca terei oportunidade para lhe agradecer tudo o que ela fez por mim, porque também ela já me deixou. 
Estava eu no final penúltimo ano da universidade, quando lhe foi diagnosticado um cancro no colon retal. 
A médica nunca me disse o tempo de vida que lhe restava, disse-me apenas que aproveitasse ao máximo a sua companhia! 
E foi o que fiz! 
Durante essas férias de verão eu estive sempre na sua companhia e dediquei-me totalmente a ela...aproveitei todos os momentos!
Não me perguntem o que fiz, como me sentia...eu não sei!
A minha rotina nos seus ultimos dias de vida era: levantar da cama e ir para o hospital, e quando terminavam as visitas, regressava a casa...sempre sozinha!
Nunca mais me vou esquecer daquela tarde em que cheguei ao hospital e saí do carro e este pensamento me veio à ideia: Hoje atrasei-me um bocadinho!
Na realidade, era a mesma hora de sempre. Nem mais cinco, nem menos cinco minutos! Mas eu senti isso!
Quando entrei no hospital, uma tia, que trabalhava lá, veio logo ter comigo e disse-me que a minha mãe tinha entrado em coma e estava entubada!
Já não a quis ver. 
Eu não a queria recordar assim!
Não sei quanto tempo passou, nem como comecei a falar com o capelão do hospital. 
Foi ele, que sem papas na lingua, me disse: A tua mãe já morreu!
Estou-lhe eternamente agradecida por me dizer aquilo, daquela forma!
Não há como fugir e nada melhor que encarar as coisas de frente!
Senti tudo a desaparecer e eu...ali...sozinha!!
E agora o que é que eu vou fazer, como vou reagir?
Entretanto apareceram outros familiares e amigos, tratou-se de tudo! 
No dia seguinte, foi o funeral!
O DIA MAIS LONGO DE TODA A MINHA VIDA.
E no dia seguinte ao funeral eu já estava na escola, pronta para o meu último ano de curso!
Era outubro e as aulas já tinham começado há uns dias!
Arregacei as mangas, procurei um psicologo para eu desabafar (tenho dificuldade em falar dos meus assuntos com conhecidos), e segui em frente!
Tal como todos, tenho dias bons e dias menos bons, mas eu ACREDITO que consigo ultrapassar tudo!
Não há nada que nós não consigamos enfrentar!
NADA!"

Lea - A vida aos trinta
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