segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Crianças - Como facilitar a ida às urgências?


Para qualquer criança, uma ida às urgências significa que sente algum desconforto que, somado ao ambiente estranho, faz aumentar os níveis de ansiedade. 
De forma a minimizar estas condições indesejadas, a Academia Americana de Pediatria acaba de emitir um relatório onde destaca a importância de controlar a dor e o estado emocional das crianças que se deslocam ao hospital.“Existem muitas maneiras de mitigar a dor das crianças e tem havido uma grande evolução neste sentido”, afirma Joel Fein, autor do documento e responsável pelo serviço de emergências do Hospital Pediátrico de Filadélfia. 
“Os pais deveriam solicitar a adoção de medidas contra a dor e a ansiedade dos seus filhos” sempre que tiverem a sensação que a situação não está suficientemente controlada, acrescentou o também catedrático de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia.
De acordo com o trabalho, publicado na edição de novembro da revista “Pediatrics”, existem muitas dificuldades para erradicar a dor nos serviços de emergência. 
Uma é o medo dos efeitos secundários. Outra é a preocupação de que, ao administrar medicamentos anti-dor, o seu efeito poderia dificultar ou atrasar o diagnóstico, e isso poderia afetar o tratamento necessário. Por vezes, o pessoal médico tem mesmo relutância em utilizar os anestésicos de uso tópico e os narcóticos sofrem de um estigma tal, segundo o trabalho, que é muito pouco provável que os médicos os utilizem em crianças.A Academia Americana de Pediatria sugere que estas dificuldades podem ser superadas e que a dor deveria ser começa a aliviar mesmo antes de a criança chegar ao hospital, nos casos em que seja usada uma ambulância. 
Uma vez nas urgências, é importante que a criança se mantenha calma, dado que a dor parece mais forte se a ansiedade também aumentar. 
Os autores do trabalho recomendam que seja disponibilizado um quarto para cada família, se possível com paredes coloridas, quadros e brinquedos, para que a criança se distraia num ambiente que lhe é pouco familiar.O relatório também sugere o uso de medicamentos tais como o acetaminofeno, ibuprofeno ou mesmo narcóticos orais no alívio da dor, em paralelo com os analgésicos de uso tópico. 
Esta última solução é mesmo defendida no alívio da dor na zona em que irão ser usados cateteres intravenosos. 
“As crianças têm muito medo de agulhas”, assegura Joel Fein, adiantando: “a anestesia tópica pode proteger da dor durante o uso de uma linha intravenosa, por exemplo para a extração de sangue”.A Academia Americana de Pediatria garante que o uso de analgésicos não afeta a capacidade dos médicos realizarem um diagnóstico atempadamente. 
Fein assegura ainda que nem todas as recomendações do relatório são sobre medicamentos. 
“No caso das crianças mais pequenas, até a água com açúcar pode reduzir a dor”.


{daqui}

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