sexta-feira, 2 de novembro de 2012

E depois da escola? II

Nem só de aulas vive a agenda dos nossos filhos. As atividades extras são bem-vindas, mas com cautela. Eles precisam de ser crianças e de ter tempo para nada fazer. (cont.)


COMO PEIXES NA ÁGUA
A advogada Rita Cortes é na água que nada como peixe. Atleta de competição, estava ainda a tirar o curso de Direito quando começou a dar aulas de natação aos de palmo e meio. “A água ajuda a aumentar a força e a resistência muscular, e permite movimentos mais calmos e largos. E ensina as crianças a relacionarem-se com um meio diferente do ar e da terra, desenvolvendo a segurança e a autonomia, capacidades e limites.” Para não falar do prazer que oferece. E continua: “A água transmite uma sensação de leveza e de relaxamento.” Leciona nos Bombeiros do Estoril e avisa as mães de que podem começar quase à nascença. “Se não houver contra-indicações de ordem clínica, a partir dos 6 meses, podem iniciar a prática da natação. Quanto mais cedo, melhor se habituam ao meio aquático”, recomenda.

Quanto às idades, explica Rita Cortes, “são meramente indicativas. Muito depende do gosto da criança, aptidão e assiduidade”. O que nos leva à questão de saber qual deve ser a carga horária para as atividades extra.
“Com conta, peso e medida”, lembra Teresa Vasconcellos. “É crucial estar atento. Se o seu filho anda a adormecer pelos cantos, é melhor rever a carga horária!”, defende a psicóloga. E aconselha: “É importante não educar as crianças como futuros workaholics; cheias de atividades, sem tempo para nada. E são importantes atividades próximas da Natureza.”


CORPO E MENTE
O que nos aproxima da Natureza é o ioga. Joana Cadete andou por Espanha e pela Índia a especializar-se na prática. Agora dedica-se a crianças no estúdio de ioga da Ericeira e em setembro começa em Lisboa na Casa Vinyasa. O ioga “proporciona consciência da postura corporal, exercício, autoconhecimento e do universo, contribuindo para um ser humano mais consciente e com autoconfiança”. Receita para os dias que correm. Aos 5 anos já podem começar. “As posturas, os exercícios de respiração, as técnicas de meditação e de relaxamento têm graus de complexidade adaptados às faixas etárias”, explica Joana. O resto vem com o tempo. “Com a idade a criança desenvolve domínio sobre o corpo, sobre a respiração e também a capacidade de concentração, o que lhe permite escutar a mente e conhecer-se enquanto ser humano.” Já há estudos a comprová-lo. Se lá em casa tem um hiperativo, o ioga pode ser a solução. “O mais importante é aplicarem na escola e em casa as ferramentas dadas nas aulas de ioga”, aconselha Joana Cadete. “Através da meditação, a criança conhece-se e decide melhor. Aprende a estar em paz e de bem com os demais. Dorme melhor e obtém melhores resultados na escola”, corrobora a terapeuta Isabel Leal.


Por último, não se esqueça. “Os pais também são as atividades extracurriculares dos filhos”, lembra a psicóloga Teresa Vasconcellos. “Tenha momentos de disponibilidade plena, fora da azáfama. Um momento, único. De intimidade e partilha, descontração e riso.” São seus filhos.

Daqui.

1 comentário:

  1. Por acaso o meu mais velho freqüenta a natação faz em Janeiro um ano
    Acho que é uma actividade excelente para ele :)
    Só tenho me arrependo de não o ter posto mais cedo.

    Baci*

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